AVIÃO TRANSFORMADO EM CASA

Normalmente para se construir uma casa pensamos em adquirir um terreno e em seguida erguer paredes, ou até mesmo usar sistemas construtivos diferenciados como as casas containers. Mas Joanne Ussary já tinha um grande terreno com um lago em Benoit, Mississipi, e ao invés de pensar em paredes pensou: “Agora preciso de um Boeing 727”.

Por incrível que pareça, essa não é uma ideia tão difícil de se concretizar. É preciso adquirir um avião que não esteja mais sendo usado pelas cias aéreas, o que nos Estados Unidos pode ser conseguido, normalmente, por 10 a 30 mil dólares, mas Joanne conta que conseguiu o seu, com mais de 20 anos, por apenas 2 mil. Mas é preciso também levar em consideração o custo de deslocamento do avião, e ter um terreno com pelo menos 4.000 metros quadrados, para que ele caiba por completo.

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O gasto de energia para manter a temperatura interna agradável é muito pequeno, pois as “paredes” do avião são feitas para resistir às grandes variações de temperatura que ele enfrenta no céu, mantendo a área interna bem protegida tanto do frio como do calor.

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Quando transformados em casa, sem os assentos que normalmente ocupam quase todo o espaço, os ambientes internos do avião ficam até amplos. Na casa de Joanne foi acrescido um grande deck com uma bela vista do lago e da paisagem, o que amenizou a sensação de espaços muito fechados gerados pelas pequenas janelas. Alguns pontos ganharam também aberturas maiores, inclusive o banheiro, aproveitando a privacidade do local.

Para manter a sensação de vôo, a frente do avião fica afastada do solo, apoiada em um grande pilar de pedras. E a madeira usada no deck e no revestimento interno quebra a frieza do metal.

A entrada da casa é feita por uma escada acionada por controle remoto, como se fosse uma porta de garagem, e o cockpit, a cabine normalmente usada para pilotar o avião, ganhou uma hidromassagem particular, aproveitando a vista privilegiada. Mas mesmo com tudo isso a dona da casa-avião comenta que gostaria, futuramente, de adquirir um Boeing 747, ao invés de um 727, para poder ter uma casa com dois andares.

Fotos de Mr. Vincent Costello, via Inhabitat

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