COMO A DECORAÇÃO AFETA O NOSSO HUMOR

A decoração de um ambiente afeta o humor e nossas sensações de maneira consciente e inconsciente. Podemos nos sentir de uma ou outra forma dependendo do espaço onde estamos, e esse sentimento irá determinar parte das nossas ações. Por isso planejar a ambientação com cuidado é importante, prestando atenção aos seguintes pontos:

– Escolha de materiais

Os diferentes materiais possuem características distintas quanto à textura, ao aspecto e à temperatura, podendo então deixar os espaços mais frios ou mais aconchegantes, mais imponentes ou acolhedores. Saiba mais sobre as sensações causadas pelos materiais aqui.

– Escolha de cores

Além de combinarem entre si ou não, podendo criar uma composição agradável ou então poluir o visual a ponto de fazer com que as pessoas se sintam mal no ambiente, cada cor tem também diferentes impactos psicológicos sobre nós, remetendo a pensamentos e estados de espírito variados como alegria, tranquilidade, agitação. Entenda melhor aqui.

– Organização

Um ambiente organizado deixa a energia dos ambientes mais fluida, pois o excesso de informações confunde e pesa visualmente, impedindo que a gente perceba os espaços como um todo e se sinta mais tranquilo. O excesso de informações deixa a mente agitada, com muitos pensamentos. E para gerar e manter a organização, é preciso tomar cuidados na hora de projetar, mantendo uma ordem nas peças e móveis em geral, e também durante o uso, mantendo a maior parte dos objetos soltos guardados dentro de armários ou caixas. (Veja também: “Dicas Criativas para Organizar o Escritório“)

– Facilidade de uso e circulação

A funcionalidade dos espaços, ou seja, as medidas adequadas de circulação, de ergonomia e o fácil manuseio de cada peça garantem a praticidade e o conforto no uso dos ambientes, evitando desgastes e irritações desnecessárias. Um restaurante com buffet, por exemplo, precisa de espaço para que as pessoas fiquem em volta da comida porém mantendo uma área livre para que os garçons e outras pessoas circulem livremente, enquanto uma cozinha precisa prever o uso por mais de uma pessoa ao mesmo tempo sem conflitos, além de facilitar o deslocamento entre um eletrodoméstico e outro. Um home office precisa ter espaço na bancada que seja suficiente para usar computadores e manusear papéis ou outros materiais, por exemplo, dependendo de cada caso, e dormitórios precisam ter espaços adequados de armazenagem para cada pessoa. Existe uma infinidade de preocupações que devem existir nesse sentido, e elas fazem total diferença para garantir que o ambiente seja utilizado com prazer.

– Posição e forma dos móveis

Pode parecer mentira, mas a posição em que os móveis e peças são dispostos, quando interferem na posição em que iremos utilizá-los, podem induzir nosso comportamento a uma ou outra direção. Cadeiras dispostas de frente uma para as outra, por exemplo, tendem a alimentar confrontos enquanto cadeiras lado a lado estimulam um convívio mais pacífico, e assentos colocados em locais de passagem fazem com que as pessoas permaneçam sentadas por menos tempo do que em locais mais reservados e isolados. A forma dos móveis pode também fazer diferença, como acontece com as mesas redondas em relação às quadradas no que se refere à sensação de estarem completas ou não. Isso porque em uma mesa pequena e redonda uma pessoa que esteja sentada sozinha provavelmente não irá sentir que faltam pessoas à mesa como poderia sentir na mesa quadrada, que tem lugares demarcados para cada um.

como a decoração afeta nosso humor

– Harmonia visual

Visualmente também é possível gerar sensação de bem-estar ou mal-estar, mesmo que não se saiba por quê, e essa sensação faz com que exista vontade de permanecer no ambiente ou se retirar o mais rápido possível. Para gerar bem-estar é preciso que exista principalmente equilíbrio entre as formas e cores, com as dosagens adequadas a cada situação e uma boa combinação entre todos os elementos, pensando sempre no ambiente como um todo e não somente em cada canto isolado.

– Iluminação

A iluminação é extremamente importante na decoração, podendo salvar ou destruir um ambiente. Ela pode proporcionar sensação intimista e acolhedora quando disposta de maneira suave e indireta, ou então incomodar profundamente quando fica forte demais e ofusca a vista. Por outro lado, quando se precisa de muita luminosidade, a falta de luz pode se tornar um fator cansativo também. Cada caso deve ser analisado pontualmente, portanto, para que se crie a iluminação adequada, tanto em relação à posição dos pontos de luz como quanto à intensidade e tipo de luz. Luzes brancas deixam a visão mais nítida e reproduzem melhor as cores, enquanto luzes amareladas são mais acolhedoras, devendo então ser usadas de acordo com a intenção desejada. Além disso, o foco da iluminação pode ser usado para direcionar o foco da nossa visão, puxando nossa atenção e valorizando quadros na parede ou produtos expostos em uma loja, por exemplo.

– Tamanho e quantidade de aberturas 

Já o tamanho do ambiente em si, tanto em largura como em altura, bem como a quantidade de aberturas que ele possui, como janelas e portas, interfere diretamente na sensação de claustrofobia ou amplitude que um ambiente pode causar, sendo que quanto maior ele for maior é a sensação de liberdade que temos ao permanecer dentro dele. E a forma também influencia nosso comportamento quando é muito alto e induz nossa vista para cima ou quando tem uma abertura muito grande e chamativa com uma bela vista da paisagem, fazendo nossa atenção se direcionar automaticamente para fora e sentir o ambiente externo como se estivesse mais próximo, por exemplo. (Ver também: “Como Ampliar Espaços Pequenos“)

Os efeitos psicológicos dos ambientes são, então, muito marcantes, por isso não basta que eles sejam somente bonitos. É preciso pensar em fatores mais práticos e também em outros mais subjetivos, de uma maneira bem abrangente e completa. (Veja também: “Segredos de um Bom Projeto de Arquitetura” e “Psicologia da Arquitetura“)

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