MICROAPARTAMENTOS, UMA TENDÊNCIA ATUAL

É visível a grande quantidade de casas e apartamentos realmente pequenos que têm surgido não só no Brasil mas em todo o mundo.

Eles podem ser considerados micro quanto têm a área similar ao que consideramos que é a metragem aproximada de um ou dois ambientes, normalmente, com alguns deles tendo apenas 14m², por exemplo, como o Vita Bom Retiro, em São Paulo, considerado “o menor e mais inteligente”.

Outros chegam a ter até 40 metros de área total, porém ainda assim em um único ambiente, todo integrado, e muitas vezes com varandas ocupando metade desse espaço, criando assim uma maior sensação de amplitude apesar da área reduzida.

microapartamentos - vita bom retiroOpções de planta no Vita Bom Retiro, com cerca de 14 e 23m² 

Mudança de hábitos e de cultura

Juntamente com a mudança de estilo dentro dos apartamentos, vieram também mudanças nas áreas comuns dos prédios, que muitas vezes abrigam lavanderias coletivas, áreas de convivência ou até mesmo espaços de coworking, que são escritórios compartilhados por várias pessoas ao mesmo tempo. É uma alteração de hábitos, que privilegia o encontro social fora de casa e mantém o espaço de moradia apenas como refúgio íntimo.

Em alguns prédios, existe inclusive um apartamento para hóspedes, que pode ser alugado da mesma forma que um salão de festas, por exemplo, para abrigar visitantes que não caibam ou não queiram ficar no próprio apartamento do morador.

microapartamentos - lavanderia coletiva vita bom retiroLavanderia coletiva do Vita Bom Retiro

Para quem os microapartamentos funcionam

Em um primeiro momento o tamanho reduzido é visto como um problema, fruto da especulação imobiliária e causador de inconvenientes como a falta de espaço para guardar roupas, móveis e outros objetos, além de uma possível sensação de claustrofobia dentro dos ambientes.

Mas os microapartamentos e microcasas têm também outros motivos para existir,  e nesses casos eles se encaixam melhor do que grandes construções.

– Aumento da quantidade de pessoas que moram sozinhas ou casais sem filhos:

De acordo com algumas pesquisas, parece estar ficando mais comum morar sozinho ou duas pessoas se juntarem sem necessariamente terem filhos ou constituírem famílias com mais de um filho. É uma mudança cultural que automaticamente produz impacto no espaços, que podem assim ser bem menores, e as casas e apartamentos passam a ter apenas 1 dormitório ou serem apenas quitinetes.

– Mudança em relação aos costumes de limpeza e manutenção:

A cultura convencional brasileira de sempre contratar pessoas para cuidar da casa tem também mudado, com um espírito mais independente – e econômico – ficando cada vez mais forte. Sendo assim, muitos acabam preferindo espaços menores pois geram menos dor de cabeça e são mais fáceis de serem limpos e organizados.

– Desejo de morar bem perto do trabalho:

Embora a tendência a se trabalhar em casa seja bem significativa, as cidades crescem cada vez mais, e com isso as pessoas que trabalham fora, especialmente em grandes centros urbanos, acabam querendo morar bem próximos ao local de trabalho para evitarem trânsito, transportes lotados ou simplesmente para evitarem o desperdício de tempo do dia com deslocamentos. E para que seja possível encaixar todas essas pessoas nessas áreas, geralmente muito densas, o espaço precisa ser muito bem aproveitado.

– Ideologia contra o consumismo:

Juntamente com a vontade de ter maior qualidade de vida, sem estresse e sem perder tempo indo até o trabalho, surgiu recentemente também uma linha de pensamento que visa ter a menor quantidade de coisas possível, visando uma vida mais simples, mais leve e mais econômica, com apenas o necessário. É uma tendência bem ressaltada em casas fora do Brasil, como as “Tiny Homes”, muitas vezes montadas até sobre plataformas de trailers. (Ver também: “Casas sobre Rodas“)

Para quem se encaixa nesses perfis, os microapartamentos podem ser uma boa opção, e para fazer os espaços parecerem bem maiores e conseguir aproveitar a área ao máximo existem diversos truques e ideias, dependendo apenas da criatividade de cada um. Veja aqui algumas dicas para aproveitar o espaço e criar sensação de amplitude em ambientes pequenos.

Imagem de capa: Janion Waterfront Micro-Lofts

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4 comentários em “MICROAPARTAMENTOS, UMA TENDÊNCIA ATUAL”

  1. Boa noite, meu nome é Humberto de lima Rodrigues e faço faculdade de Engenharia Civil e preciso fazer uma citação indireta sobre esse seu trabalho, MICROAPARTAMENTOS, UMA TENDÊNCIA ATUAL, porem teria que por Dg (2015) para referenciar, e o professor é uma mala, e com certeza vai querer criar caso. Se você puder dizer o sobrenome referente a Dg eu agradeceria muito. Obrigado.

    1. Olá, Humberto! Não tem problema, o DG é de Dias Goi. Um abraço, boa sorte com o seu trabalho da faculdade. 🙂

  2. Só não se pode concordar com o absurdo que se ouve , trocar uma casa de 500 metros quadrados por uma de 18 metros ou próximo da medida e pagar 600 mil reais , uma agressão a inteligência do próximo , Desvario ! escolher melhor e gastar corretamente . Eis que conhecimento também faz estabelecer

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