MITOS SOBRE SUSTENTABILIDADE

Quando se fala em arquitetura sustentável, normalmente duas ideias vêem à cabeça. A primeira é a de casas alternativas, feitas com paredes de garrafa pet e móveis feitos de pneus ou algo assim. Ou então um grande sifrão imponente e assustador, que imediatamente gera a frase tão comum: “Mas o que é sustentável é muito caro!”

Tratam-se de dois mitos criados pela própria sociedade e suas atitudes ao defender materiais e recursos ecológicos. Primeiro com a divulgação de inúmeras formas de reaproveitar materiais de maneira quase gratuita, no sistema “faça-você-mesmo”. Nada contra esse tipo de atitude, que é muito positiva em termos financeiros e de sustentabilidade. Em um mundo de desperdícios, a bandeira do reaproveitamento pode e deve ser levantada, sempre. O único porém é a interpretação restrita de que esta seja a única forma de respeitar o meio-ambiente na criação de espaços e móveis. Existem diversas tecnologias que reduzem o impacto ambiental e possuem ótimo resultado em termos de conforto e estética. Além disso, nem mesmo o reaproveitamento precisa necessariamente conferir um visual rústico ou improvisado à construção.

Quanto a sustentabilidade custa

Ao chegar neste ponto é que normalmente o pensamento pula para o outro extremo. O de que essas soluções são inacessíveis ou extremamente mais caras do que as tradicionais. Sim, muitos desses produtos são realmente mais caros. Isso se dá pelo custo maior de produção em alguns casos, ou então pela simples exploração do mercado, que  resolveu cobrar mais caro por isso.  Inclusive alguns produtos que pouco têm de sustentáveis recebem o título forjado por pura questão de marketing.

Mas não se deve perder de vista que existem também alternativas de custo similar ou até menor. E que geram inúmeros benefícios para o planeta, em maior ou menor escala. É o caso do tijolo ecológico, do telhado verde, da construção com EPS, entre outras.

painel solarPainel solar

Além disso, alguns recursos são mais caros em um primeiro momento, mas geram economia a longo prazo. Portanto não são exatamente mais caros, e sim um investimento para economizar para sempre. Um bom exemplo são as lâmpadas led, mais caras porém mais em conta, pois gastam menos energia. E gastar menos energia faz bem para o planeta e também para o bolso. Na mesma linha de raciocínio estão também os banheiros secos, o uso de água das chuvas e também a energia eólica ou solar, por exemplo.

Mantendo a mente aberta

Portanto, no final é só uma questão de não se prender a uma ou outra solução. É sobre enxergar o assunto de forma ampla e mente aberta. E assim descobrir o que pode servir para cada situação. Assim a sustentabilidade chega em cada espaço, seja antes ou até mesmo depois de construído.

Texto: Arquiteta Fernanda DG
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