O QUE É REGRA E O QUE É QUESTÃO DE GOSTO NA ARQUITETURA

Na arquitetura, algumas questões são fatos concretos e outras são subjetivas, ou seja, questão de gosto.

Em outras palavras, existem fatores que podem quebrar a harmonia e o bem estar para todos, mas também existem os gostos pessoais de cada um. Além disso, cada situação pode ter necessidades ou limitações específicas em termos de funcionalidade.

E quando se trata de gostos ou necessidades pessoais, não significa que seja menos importante. É só não considerar aquilo como regra absoluta que deva ser imposta a todos os projetos, de todas as pessoas. Isso é especialmente importante para arquitetos e decoradores.

Mas como saber então como diferenciar uma coisa da outra? O jeito é tentar ver se aquilo realmente traz alguma consequência negativa de fato ou se é mais uma sensação pessoal, um incômodo que não tem uma justificativa concreta.

O que tem a ver com gosto na arquitetura

Então veja alguns exemplos questões que são mais subjetivas do que regras absolutas, para entender melhor:

– Uso de cores claras ou escuras

Ao contrário do que muitas vezes se pensa, as cores escuras não necessariamente deixam o ambiente parecendo menor. Depende de como ela é usada, em qual quantidade, e em quais locais. Então acaba sendo mais uma questão de cuidados e de preferência particular. E isso acontece com as cores escuras em geral e principalmente em relação à cor preta, que carrega um estigma de algo negativo para muitas pessoas. Mas ela não tem, de fato, um impacto negativo no ambiente, a não ser que a pessoa que o utiliza não goste dessa cor.

– Decoração neutra ou colorida

Da mesma forma, a escolha entre uma decoração só com neutras ou então com cores mais vivas, também interfere no efeito final, que pode ser mais sóbrio ou mais vibrante, mas não é errado em nenhum dos casos. (Saiba mais aqui sobre quando não usar ou não cores fortes na decoração)

– Fachada com ou sem janela

Algumas pessoas reclamam de fachadas sem janelas, ou seja, sem janelas voltadas para a frente da casa. Mas essa é uma questão absolutamente psicológica, que não tem nada a ver com uma necessidade real do projeto para que a casa fique funcional ou agradável. As aberturas podem estar em outras partes, que garantam inclusive mais luminosidade e privacidade. Depende muito do projeto como um todo.

– Quartos no andar de cima ou de baixo

Outra questão psicológica é sobre a posição dos quartos em relação à área social da casa, ou então em relação ao nível da rua. Isso porque algumas pessoas se incomodam quando os quartos ficam em um andar mais para baixo, mesmo que sejam bem abertos e iluminados. Mais uma vez, isso é mais um conceito, uma sensação pessoal do que algo que tenha uma consequência negativa real, de ordem prática.

– Cozinha com ou sem coifa

Existir uma coifa sobre o fogão da cozinha parece à princípio uma lei universal, com base totalmente lógica e funcional. Mas isso não pode ser estabelecido como regra absoluta, pois depende do tipo de comida que se prepara na cozinha, da quantidade de uso, por exemplo, entre outros fatores. Nem sempre a coifa é realmente necessária, e pode acabar ficando ali sem uso, ou até mesmo atrapalhando o aproveitamento do espaço de outras formas mais úteis. Mas em outros casos ela é sim totalmente necessária. Então é bem relativo.

O que é regra geral na arquitetura

Regra geral seriam pontos relevantes para qualquer pessoa, ou seja, que trazem impactos positivos ou negativos para qualquer um. Veja então alguns exemplos:

– Circulação fácil

Facilitar a circulação e o acesso aos utensílios e móveis é algo positivo para qualquer pessoa, em qualquer situação. Não existe vantagem em complicar ou dificultar o uso dos objetos e dos ambientes em geral.

– Ventilação e insolação equilibradas

A ventilação natural e a presença de luminosidade também são sempre vantajosas, mesmo que não se perceba conscientemente. Mas apenas quando são equilibradas, ou seja, nem demais nem de menos. (Ver também: Ventilação Natural”).

– Harmonia de formas e cores

As formas e cores de uma construção ou ambiente podem criar harmonia ou desarmonia visual. E isso interfere diretamente na sensação de bem estar de quem utiliza esses espaços. É possível, então, levar para o estilo que se quiser, com os gostos e necessidades de cada um, mas sempre com a preocupação de não exagerar na dose de estampas, por exemplo, para não poluir demais o visual, ou de criar qualquer combinação que fique desagradável para qualquer pessoa, simplesmente por não ter harmonia, ou seja, por não encaixar nem funcionar de maneira geral.

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