DIFERENÇAS ENTRE FOSSA NEGRA, FOSSA SECA, FOSSA SÉPTICA E BIODIGESTORA

A fossa é a forma mais comum de tratar o esgoto onde não se tem a tubulação da rede pública. Mas ela pode ser uma fossa negra, fossa seca, fossa séptica ou então uma fossa biodigestora.

Quando não se tem nenhum tipo de fossa nem de tratamento de esgoto, como acontece nos motor homes, por exemplo, a solução que se usa é o vaso sanitário portátil. Mas os vasos portáteis funcionam apenas como um reservatório temporário dos dejetos, que precisam depois serem jogados em alguma fossa ou esgoto também. (Veja mais detalhes e várias opções de vasos sanitários portáteis aqui).

Tipos de fossas

Conheça então as diferenças entre todos os tipos de fossas:

Fossa negra

Quando não existe nenhum tratamento dos dejetos, caindo tudo em uma vala, trata-se de uma fossa negra. Nesse caso o risco de contaminação do solo e problemas de saúde são muito grandes, pois esses dejetos geram a proliferação de vermes e bactérias. E como não existe nenhum tratamento nem separação do material, as pessoas e outros animais ficam em contato direto com eles, seja pelo ar, pela terra ou pela água, que fica toda contaminada.

Fossa seca

A fossa seca já um processo de tratamento de fato, mas apenas dos resíduos sólidos. Nessa solução as fezes e outros materiais sólidos orgânicos, como restos de alimentos, por exemplo, caem em um buraco cavado com ou sem revestimento interno. Esse buraco precisa ter pelo menos 1 metro de diâmetro, 2 metros de profundidade, e ficar uma distância de pelo menos 10 metros da casa e 15 metros de qualquer poço artesiano ou fonte de água.

Como funciona o banheiro seco

A cada uso do vaso com fossa seca, também conhecido como banheiro seco, é preciso jogar pó de serragem sobre os dejetos. Essa mistura é então decomposta naturalmente pelas bactérias, sem o mau cheiro forte que acontece quando as fezes entram em contato com a água. O processo é chamado de “compostagem”, e dura cerca de 6 meses. Essa mistura precisa então ser retirada manualmente da fossa de tempos em tempos, para ser descartada, ou então pode ser usada como adubo em plantações. E ela precisa também ter um duto de saída de ar, chamado de “respiro”, para eliminar os gases que surgem no processo de decomposição.

E a urina nesse caso precisa ser feita em outro local, ou então ter um sistema que a direciona para um reservatório específico, como acontece no vaso sanitário portátil de compostagem. (Veja aqui mais detalhes e opções de vaso sanitário seco).

Fossa séptica

Já a fossa séptica faz o tratamento básico tanto dos dejetos sólidos quanto dos líquidos, porque usa água no seu funcionamento, para dar descarga.

Como funciona a fossa séptica

São feitos vários tanques abaixo do vaso. No primeiro o material é depositado e sofre a decomposição por bactérias anaeróbicas no processo de decantação. Nesse tanque é preciso existir o duto de saída de ar para a eliminação dos gases.

O líquido segue então para um segundo tanque com cascalho e areia para filtragem. Após filtrado, o líquido cai em um terceiro tanque chamado sumidouro, de onde volta então para o meio ambiente.

A limpeza da fossa séptica precisa ser feita com o auxílio de caminhões limpa-fossas, por empresas especializadas e com licença ambiental, que emitem então um certificado de destinação de resíduos (MTR).

Fossa biodigestora

A fossa biodigestora é uma fossa séptica com tratamento adicional, basicamente. O biodigestor é adicionado à fossa ou ao esgoto, que promove a decomposição mais rápida dos dejetos, causando então menor impacto no meio ambiente. E de quebra ainda pode produzir biogás, dependendo do seu tamanho.

Esse biogás serve para fazer funcionar equipamentos a gás como fogões ou lareiras, por exemplo. Mas se o equipamento não for do tipo que gera biogás para uso em casa, é preciso fazer o respiro para saída dos gases, assim como nos outros tipos de fossa.

Outra diferença importante entre a fossa séptica com ou sem biodigestor é que com o biodigestor não é preciso de caminhão limpa-fossa para fazer a limpeza. O descarte é realizado por qualquer pessoa, bastando apenas abrir o registro do equipamento para tirar uma pequena quantidade de pó biofertilizante, que ainda pode ser usado como adubo em plantações.

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